quarta-feira, 22 de abril de 2009

Você fala gíria?


Na ultima aula que tive com os adolescentes, quase enfartei! Não conseguia conversar com a turma, me senti excluída dos assuntos. Só "rolava" "gíria". Disse a todos o quanto estava incomodada e que falaríamos disso assim que possível. Pesquisei na internet e encontrei um texto bem simples , mais que diz tudo, no blog da JCA e enviei e-mail para todos. Como os comentários foram muito bons resolvi compartilhar com vocês.


Créditos para: http://www.ufmbb.org.br/


O dicionário Aurélio apresenta algumas definições de gíria:
1) Linguagem de malfeitores, malandros, etc, com a qual procuram não ser entendidos pelas outras pessoas, isto é, gíria caracterizada pelo uso de termos baixos e grosseiro, também chamada de calão.
2) Linguagem peculiar àqueles que exercem a mesma profissão ou arte, também chamada jargão, gíria profissional.
3) Linguagem que, nascida num determinado grupo social, termina estendendo-se, por sua expressividade, à linguagem familiar de todas as camadas sociais.
De acordo com a Palavra de Deus, a primeira definição de gíria não combina com o cristão. Está escrito: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas ó a que seja boa para a necessária edificação, a fim de que ministre graça aos que a ouvem” (Ef 4.29). “Mas agora despojai-vos também de tudo isto: da ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes da vossa boca” (Cl 3.8).
As outras duas definições não constituem um transtorno de linguagem. Quem nunca falou bacana, cara, brega, babado, balada e outras mais? O prejudicial da gíria está no uso contínuo desse tipo de linguagem, isto é, no abandono do vocabulário oficial. “Usada no momento certo, porém, a gíria é um elemento de linguagem que denota expressividade e revela grande criatividade, desde que, naturalmente, adequada à mensagem, ao meio e ao receptor. Ainda que criativa e expressiva, a gíria só é admitida na língua falada. A língua escrita não a tolera, a não ser na reprodução da fala de determinado meio ou época, com a visível intenção de documentar o fato, ou em casos especiais de comunicação entre amigos, familiares, namorados, etc., caracterizada pela linguagem informal.”
A gíria é usada, de preferência, na linguagem informal. Em ocasiões formais ela deve ser evitada.
O mais importante a ser observado é que, com ou sem gíria, a nossa linguagem deve ser “sã e irrepreensível, para que o adversário se confunda, não tendo nenhum mal que dizer de nós” (Tt 2.8).
Odes Sidene